sexta-feira, 25 de março de 2011

Estamos de Luto




É com enorme angústia que recebemos a notícia do falecimento nesta sexta-feira 25 de Março/2011 do Acadêmico ANTONIO SEGUNDO LIRA, Agente Penitenciário que fora encontrado morto próximo a cidade de Ariquemes.
      Sem poder traduzir os verdadeiros sentimentos que nos assolam neste momento difícil, por se tratar de um par nosso, do CURSO DE MATEMÁTICA, da turma de 2008, com uma vida análoga à de todos, que lutam por dias melhores é que o Centro Acadêmico de Matemática em nome de todos do CURSO VEM MANIFESTAR SUA SOLIDARIEDADE AOS FAMILIARES, AMIGOS E COLEGAS.
Porto Velho – RO, 25 DE MARÇO DE 2011


Postado por @Raildo Sales.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Nossa pequena Harvard


Escondido em meio à Floresta da Tijuca e pouco conhecido até mesmo dos cariocas, o Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada rivaliza em excelência com as melhores universidades americanas


Germano Luders / Fernando Lemos
Welington de Melo, Jacob Palis e Artur Ávila, na Biblioteca do Impa (foto do prédio principal abaixo): três gerações de talentos
      Passada a primeira curva da Estrada Dona Castorina, que leva ao mirante da Vista Chinesa, no bairro do Horto, sobressai a entrada de uma propriedade cercada pelas árvores da Floresta da Tijuca. Ali, em um terreno de 15 000 metros quadrados, um vasto prédio se esparrama por três alas. Pelos corredores, o silêncio monástico é cortado de tempos em tempos por diálogos em português, inglês, francês e espanhol. Não raro, incorporam-se a essa babel de idiomas expressões em russo e mesmo persa, uma das línguas mais antigas do planeta. É nesse ambiente, mistura de bucolismo e aldeia global, que 226 matemáticos desenvolvem estudos complexos e projetos de repercussão internacional. Embora não seja muito conhecido entre os próprios cariocas, o Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa) é unanimemente apontado entre os especialistas como um dos principais centros de pesquisa do mundo. Ancorado em sólida produção científica, exibe uma performance surpreendente, ultrapassando índices de departamentos de universidades americanas como Harvard, Princeton e Berkeley. Segundo dados da American Mathematical Society, a instituição brasileira publica, em média, 2,03 artigos relevantes por pesquisador ao ano, enquanto Harvard alcança 1,89 e Princeton, 1,83 (veja o acima). “Sempre buscamos a excelência, e essa performance é apenas o resultado desse compromisso”, orgulha-se o diretor César Camacho.
      Faz parte da vocação de uma ilha de excelência reunir grandes cabeças, independentemente de onde elas estejam. Um recente processo para a escolha de dez vagas nos programas de pesquisa e pós-doutorado dá uma ideia da reputação internacional do Impa. Anunciado o “vestibular”, apareceram 185 candidatos. Da Europa, vieram 66. Da Ásia e América do Norte, 43 e 26, respectivamente. Os latino-americanos perfaziam 28, enquanto os brasileiros eram 23. Encerrada a seleção, apenas duas posições foram ocupadas por estudantes daqui, um cearense e uma gaúcha. Outras sete foram divididas por representantes de nações diferentes (Inglaterra, Alemanha, Espanha, Itália, Portugal, Israel e Rússia). E detalhe: uma última vaga permaneceu em aberto por falta de postulante suficientemente qualificado. “Não temos cota. Simplesmente escolhemos os melhores”, diz Camacho. Uma vez selecionados, os pós-doutorandos ganham 7 500 reais mensais, enquanto os pesquisadores têm salários entre 12 000 e 15 000 reais.

      Não é fácil reproduzir em palavras todo tipo de trabalho desenvolvido no câmpus do Horto — para isso, seria melhor fazer uso de equações e algoritmos. Alguns projetos, porém, são de fácil entendimento. Existem aplicativos para iPhone, simuladores de realidade virtual e até um recorde mundial alcançado em 2010: uma imagem com a maior resolução gráfica do planeta (veja o quadro aqui). Tamanha produtividade, pouco comum entre nós, pode ser explicada por diversas razões. Mas a principal delas é a capacidade dos que ali estão. O Impa tem formado sucessivas gerações de gente que faz diferença. O mais reconhecido é Jacob Palis, 71 anos, tido como gênio mundial dos sistemas dinâmicos. No ano passado, Palis, doutor por Berkeley, nos Estados Unidos, foi agraciado com o Prêmio Balzan, uma das principais distinções europeias. Além de ser o primeiro brasileiro a receber a honraria — e o 1,2 milhão de reais que a acompanha — , Palis tornou-se o sétimo matemático a entrar para o grupo de agraciados. Empenhado em transmitir seus conhecimentos, ele se emociona ao relembrar que orientou 41 teses de doutorado ao longo da carreira. Desde então, esses mesmos doutores já formaram outros 150 matemáticos do instituto. “Essa é a essência do conhecimento, em que os mais experientes formam os mais jovens, sucessivamente”, resume.

Fernando Lemos
Os pesquisadores Diego Nehab e Carolina Araújo, ambos de 34 anos: volta ao Brasil depois de cursarem doutorado em Princeton, uma das universidades mais importantes do mundo
      Tal filosofia, fortemente baseada na meritocracia, deu origem a uma linhagem de superpesquisadores como Marcelo Viana, Ricardo Mañé e Welington de Melo, reconhecidos no Brasil e no exterior pela notória desenvoltura com números. E desaguou em prodígios como Artur Ávila, de 31 anos. Ele é considerado o mais forte candidato a ganhar a medalha Fields, uma espécie de Prêmio Nobel de Matemática, entregue a cada quatro anos. Seria o primeiro brasileiro a conquistá-la. Há uma década, antes mesmo de ter um diploma de graduação, ele havia concluído seu doutorado no Impa. Famoso no exterior pela capacidade de resolver os problemas mais complexos, ele se divide hoje entre Paris, onde é um dos diretores do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS), e o Rio de Janeiro. “A maioria das pessoas só conhece o tema nos tempos de escola e ignora o vasto horizonte nessa área”, diz. Ávila, de fato, respira o assunto. Não raro, acorda no meio da noite com ideias e novos caminhos para suas teses. Durante o banho, nas caminhadas e até no metrô, as equações lhe vêm à cabeça. Costuma dizer que prefere não dirigir porque, devido a sua capacidade de abstração, poderia perder a concentração e bater o carro.
Fernando Lemos
Sala de estudos do câmpus, no Horto: atmosfera ao mesmo tempo informal e cosmopolita
      Criado pelo governo federal em 1952, o instituto surgiu antes de outros correlatos — como o de Pesquisas Espaciais em São José dos Campos (SP) e o da Amazônia, em Manaus. Com o tempo, graças à adoção de um sistema de gestão diferenciado, foi se descolando de seus pares. Trata-se de uma organização que recebe repasses públicos, mas tem independência administrativa. Com isso, as contratações e os investimentos são mais ágeis. Se a direção julgar procedente, os acadêmicos
      A cada ano, o instituto recebe 18 milhões de reais em repasses do Ministério da Ciência e Tecnologia. Mas, além de administrar tais recursos com rigor, busca também financiadores externos, seja através de parcerias, seja por meio de simples filantropia. Desde 2007, por exemplo, o economista e ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga doou 1,6 milhão de dólares para seus cofres. O dinheiro foi destinado à criação de um posto permanente de pesquisador. Em seguida, foi a vez de o banqueiro Pedro Moreira Salles e seu irmão, o cineasta João Moreira Salles, destinarem 660 000 reais para a manutenção de duas vagas de doutorado e mais duas de pós-doutorado. O último a entrar na lista foi o célebre matemático americano James Simons, dono de uma fortuna de 10,6 bilhões de dólares e o 74º homem mais rico do mundo. No início do ano, ele se comprometeu a aplicar 1,6 milhão de dólares. “A matemática é fundamental para a boa educação, e o Impa é um centro de padrão máximo global, talvez a instituição brasileira de maior prestígio internacional”, explica Fraga. “De lá saem pessoas que espalham pelo Brasil ideias e padrões essenciais, vitoriosos.”

Fernando Lemos
O inglês Morris, o iraniano Movasati e o argentino Heloani: salários compatíveis com os dos melhores centros e excelentes condições de pesquisa atraem matemáticos de vários países
       Nas grandes universidades do mundo, os pesquisadores de ponta gozam de uma invejável independência, seja para dispor de seu tempo, seja para escolher os rumos de seu trabalho. O mesmo acontece com os matemáticos da ilha de excelência carioca. O fato de não terem de dar aulas para graduação lhes permite uma maior dedicação a seus próprios projetos. É curioso observar que, frequentemente, um estudante de determinada área não entende absolutamente nada das outras. “Eu sou da computação gráfica e as outras especialidades são praticamente outra língua para mim”, confessa Diego Nehab. Aos 34 anos, ele é representante da nova geração de estudiosos do instituto. Doutorou-se em Princeton e passou pelo centro de inovação da Microsoft, na costa oeste americana. Com tantas credenciais, Nehab poderia ter continuado nos Estados Unidos, mas, quando soube da vaga, decidiu que era a hora de voltar. “Aqui tudo funciona. Os equipamentos são ótimos”, diz ele. Trajetória semelhante teve Carolina Araújo, de 34 anos. Como Nehab, ela fez doutorado em Princeton. Lá, sua sala ficava no mesmo andar do escritório de John Forbes Nash, ganhador do Nobel de Economia em 1994 — e inspirador do filme Uma Mente Brilhante. “Ele ia diariamente à universidade. Sempre nos cumprimentávamos”, recorda. A perspectiva de desenvolver projetos na área de geometria algébrica a animou a trocar os Estados Unidos pelo Rio. Com isso, tornou-se também a única mulher a ocupar um posto na elite do Impa.
      Presenças marcantes no belo câmpus do Horto, os estrangeiros parecem se sentir em casa. Adepto de um uniforme pouco usual entre as estrelas acadêmicas de seu país, o argentino Reimundo Heloani, de 33 anos, percorre os amplos corredores do instituto de camiseta, bermuda e chinelo de dedo, aliás um visual comum por ali, principalmente entre os expatriados. Com especialização no Massachusetts Institute of Technology (MIT) e em Berkeley, escolheu o Brasil para fazer suas pesquisas em uma área aqui ainda pouco explorada, a física matemática. O inglês Robert Morris, de 30 anos, segue o mesmo estilo. Graduado na Universidade de Cambridge, o maior celeiro de prêmios Nobel do planeta (82 no total), ele se diz apaixonado pelo Rio: “O salário é ótimo, muito parecido com o que se paga na Europa. Além disso, os colegas são mais abertos para a troca de conhecimento”. Com sua mistura de rigor acadêmico e informalidade, o Impa atrai até representantes de culturas longínquas, como o iraniano Hossein Movasati. Há quatro anos na cidade, após uma experiência na Alemanha e no Japão, ele foi o primeiro de seu país a estudar na nossa pequena Harvard. Agora, espera que conterrâneos sigam seus passos. “Outros virão”, avisa Movasati. As portas estão abertas. Mas apenas para os melhores.
Publicado na Revista Veja Rio em 20 de Março de 2011, postado no blog por Raildo Sales.


Postado por @Raildo Sales.

sábado, 19 de março de 2011

Sai o resultado do PROFMAT em Rondônia


O PROFMAT - Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional é um curso semipresencial, com oferta nacional, realizado por uma rede de Instituições de Ensino Superior, no contexto da Universidade Aberta do Brasil, e coordenado pela Sociedade Brasileira de Matemática.
O PROFMAT visa atender professores de Matemática em exercício no ensino básico, especialmente na escola pública, que busquem aprimoramento em sua formação profissional, com ênfase no domínio aprofundado de conteúdo matemático relevante para sua atuação docente. O Programa opera em ampla escala, com o objetivo de, a médio prazo, ter impacto substantivo na formação matemática do professor em todo o território nacional.
Lista dos candidatos classificados em Porto Velho, ordenada alfabeticamente:
Cod. InscriçãoNomeSituação
2011.01-PROFMAT-731.00057-4AUCENEI DA FONSECAClassificado
2011.01-PROFMAT-731.00082-5CARLOS HENRIQUE TEIXEIRAClassificado
2011.01-PROFMAT-731.00167-8CLAUDEMIR MIRANDA BARBOZAClassificado
2011.01-PROFMAT-731.00210-0ÉRICA PATRÍCIA NAVARROClassificado
2011.01-PROFMAT-731.00018-3EVANIZIO MARINHO DE MENEZES JUNIORClassificado
2011.01-PROFMAT-731.00160-0JORGE DA SILVA WERNECKClassificado
2011.01-PROFMAT-731.00318-2MARCIO DOS SANTOS SOARESClassificado
2011.01-PROFMAT-731.00096-5MARIVALDO RODRIGUES LISBOAClassificado
2011.01-PROFMAT-731.00119-8PAULO RENDA ANDERSONClassificado
2011.01-PROFMAT-731.00369-7RAFAEL NINK DE CARVALHOClassificado
2011.01-PROFMAT-731.00287-9RÊMULO MÁRCIO GOMES DE OLIVEIRAClassificado
2011.01-PROFMAT-731.00032-9RODRIGO RUIZ BRASILClassificado
2011.01-PROFMAT-731.00378-6SANDRO RICARDO PINTO DA SILVAClassificado
2011.01-PROFMAT-731.00309-3VAGSON FERREIRA CAÇÃOClassificado
2011.01-PROFMAT-731.00071-0WINDSON MOREIRA CANDIDOClassificado

Parabéns aos 15 classificados.

Postado por @Raildo Sales.

Seduc abre processo seletivo para contratação de professores

     A Secretaria de Educação do estado de Rondônia (Seduc/RO) abriu processo seletivo simplificado com oferta de 1.073 oportunidades temporárias para professores. Desse total, 811 vagas são para jornada de trabalho de 40 horas e 262 para jornada de 20 horas semanais. O prazo de validade do certame é de um ano e pode ser prorrogado por igual período.
      Quem quiser concorrer a uma vaga deve ser graduado em Artes, Biologia, Educação Física, Sociologia, Educação Religiosa, Filosofia, Espanhol, Física, Geografia, História, Língua Inglesa, Língua Portuguesa, Matemática, Química, Libras ou Pedagogia.
      Interessados devem se inscrever no site www.seduc.ro.gov.br até o dia 25 de março. Não será cobrada taxa de inscrição. Os candidatos serão submetidos à prova de títulos.


Postado por @Raildo Sales.

segunda-feira, 14 de março de 2011

IX Seminário Nacional de História da Matemática
 Dias: 17 a 20 de abril de 2011   Local: Aracaju(Sergipe)
  
    O evento é uma iniciativa da Sociedade Brasileira de História da Matemática, da Universidade Federal de Sergipe e da Universidade de São Paulo.
    Mais informações, submissões e inscrições no link abaixo:

                               http://snhm2011.blogspot.com

Postado por @Raildo Sales.

sábado, 12 de março de 2011

IV Fórum Nacional de Licenciaturas em Matemática
Dias 15 e 16 de abril de 2011 Local:  USP
TEMÁTICA: OS (DES)CAMINHOS DA LICENCIATURA EM MATEMÁTICA NO BRASIL

      O objetivo do Fórum é o de problematizar e debater amplamente o tema da formação do professor nos cursos de Licenciatura em Matemática pelos que nela estão direta ou indiretamente envolvidos (docentes/pesquisadores, gestores, representantes de políticas públicas de formação, estudantes), sem hierarquizar ou inverter papéis e vozes. O Fórum é uma oportunidade para a SBEM refletir criticamente sobre políticas e práticas de formação de professores, bem como para formular e comunicar propostas.
       Mais informações, submissões e inscrições no link abaixo: